19 de nov. de 2011

Uma sexta-feira diferente

Aqui pelo blog foi possível acompanhar um pouco dos bastidores de todas as 12 pautas regatadas pelos participantes do @arautonarede. Mas acredito que nunca tenha sido mencionado aqui os prazos que todos devíamos cumprir. Fizemos um cronograma das nossas atividades, há 12 semana atrás, quando começaram as postagens de matérias no site do Jornal Arauto. Eu, como editora dos participantes, fiquei responsável por essa postagem. O dia da semana definido foi a sexta-feira. Porém, os textos, fotos e vídeos deveriam estar comigo no mínimo um dia antes para que quando o leitor acessasse o site na sexta de manhã, o material já estivesse lá.

Além da matéria no site, todas as terças-feiras o Jornal publicava uma espécie de coluna, chamando o leitor para conferir a matéria na sexta. Mas, para que um pequeno texto e e uma foto de bastidor estivessem no Jornal, eles deveriam estar na redação do Arauto na segunda, dia de fechamento da edição. E antes disso ainda, o material deveria passar pelas minhas mãos. Ou seja, na sexta-feira, dia em que determinada matéria era disponibilizada no site, a pauta da próxima semana já estava apurada, para que no máximo segunda-feira, eu encaminhasse esse material para a redação. Um pouco confusão, mas era essa digamos, a nossa rotina.

No entanto, nessa sexta foi diferente. Ao contrário das últimas semanas, não chegou nenhum material para eu revisar e encaminhar o Arauto. E isso aconteceu por um fato muito simples, semana que vem não terá mais uma coluna no jornal chamando para a matéria de sexta, por que na sexta não haverá uma nova história recontada pelos participantes do @arautonarede. Depois de algum tempo fazendo a mesma coisa, nós criamos uma certa rotina, e rotina, quando é quebrada, causa um certo estranhamento. Estranhamento que foi causado em mim já que minha rotina foi quebrada, pois o @arautonarede chegou ao fim.

Experiências que nos ajudam a construir caminhos

A última matéria do @arautonarede saiu no site do  Jornal Arauto nesta última sexta e pra quem ainda não conferiu ela está aqui. E chegando ao fim, lembro do começo. A curiosidade em saber o que continha em cada um daqueles arquivos que juntos formavam pilhas e mais pilhas, a ansiedade para que acabassem logo as pesquisas e pudéssemos finalmente ir atrás de todas aquelas histórias que nos despertaram interesse, e também o desafio de fazer com que as matérias se tornassem atraentes para os leitores.
Durante o projeto todos nós nos deparamos com algumas dificuldades, seja nas entrevistas, problemas com equipamento, informações incorretas, imprevistos de todos os tipos e etc. Posso dizer que este projeto realmente nos trouxe experiência e nos proporcionou vivenciar o que a maioria de nós, por estar no início do curso, só tinha ouvido falar.

Todas as matérias feitas por mim tiveram um significado e uma grande importância. Minhas pautas eram bem distintas, a primeira era sobre o túnel verde, a segunda sobre o hino municipal e a terceira a vera cruzense Leila Morais. Com as duas primeiras tudo foi tranquilo, foram diversas entrevistas, fotos, bastante conteúdo para o vídeo. Até aí tudo bem. Mas o que me preocupava mesmo era a minha última pauta. O assunto era delicado e a história emocionante. Pesquisei nos arquivos, recolhi todas as informações, e entrei em contato com a fonte. Marcada a entrevista, era só aguardar o dia e conversar com Leila para escrever a última matéria do projeto.

Chegado o dia da entrevista um misto de medo e ansiedade tomava conta de mim. A editora do Jornal Arauto Carolina Sehnem Almeida acompanhou a mim e ao estudante de Prod. em Mídia Audiovisual Maurício Alves da Silva até a casa de nossa entrevistada. Chegando lá, nos preparamos para começar e aos poucos a insegurança veio surgindo. Dizem que o entrevistador deve conquistar o entrevistado, ganhar sua confiança. No meu caso foi um pouco diferente, o nervosismo me impediu de conduzir a entrevista conforme eu tinha em mente, e para minha sorte, a Carolina estava ali para que a entrevista não terminasse nos momentos em que eu me calava.

Apesar de não ter ocorrido tudo como planejado, posso dizer que aquele momento foi muito importante e jamais será esquecido. Ter a oportunidade de realizar trabalhos como este, capaz de mexer com os sentimentos tanto do leitor como do repórter, sem dúvida é muito importante. São experiências como essas que serão lembradas para sempre e nos farão crescer e encarar tudo com mais discernimento.