21 de set. de 2011

Por trás de uma matéria

Já viram o vídeo com os bastidores da matéria sobre o Grupo 21?

Outro dia, conversando com um amigo que estuda direito, parei para refletir sobre uma reação dele. Conversávamos sobre uma pauta que eu tinha apurado, que nada tinha  a ver com o @arautonarede, mas apuração de pauta, é sempre apuração de pauta. Eu contava para ele que tinha marcado com os entrevistados na casa deles e que no dia e horário marcado, toquei a campainha. Ele questionou se eu já os conhecia, disse que não e ele ficou surpreso. "Então vocês contatam pessoas que não conhecem, marcam na casa delas, onde vocês nunca foram e simplesmente batem à porta? Vocês não ficam sem jeito, com vergonha, sei lá. Eu não conseguiria fazer isso". Sinceramente, não sei como ele imaginava que as coisas funcionavam. Claro que a apuração muda de uma pauta para outra. Algumas são feitas por e-mail ou telefone, mas não é melhor maneira.

Vergonha de se infiltrar na vida alheia? Talvez. Mas é o nosso trabalho. E precisamos mostrar que estamos ali, à vontade, para que nosso entrevistado também fique à vontade. Assim, a entrevista flui. Ou melhor, a conversa flui. Sempre funciona melhor, na minha opinião, se for uma conversa do que uma entrevista. Me parece que a palavra entrevista tem um peso muito grande.

Voltando para o Grupo 21. O pessoal do jornal me passou o contato da fonte, o Pedro Wagner. Telefonei para ele, expliquei a situação. Disse que queria conversar sobre o grupo e marcamos para o dia seguinte. No outro dia, estávamos lá em Vera Cruz, o Maurício e eu para irmos até a casa desse vera-cruzense. Primeiro passamos na redação do Arauto. Li, mais uma vez as matérias que falavam do grupo, para não fazer 'feio'  com o entrevistado.
A questão é que nem eu, nem o Maurício, conhecemos Vera Cruz. Então a Néia, editora do jornal, nos levou até a casa do entrevistado. Ficamos em torno de uma hora lá, conversando e gravando, estava tudo certo. E no final, na hora de fazer as fotos, o Maurício olha para mim e diz: "Minha câmerasem bateria, e agora?". Eu, com toda a confiança do mundo, digo que não tem problema, porque eu também havia levado a minha câmera, justamente para um caso de emergência como aquele. No entanto, a minha também estava praticamente sem bateria. Por fim, conseguimos fazer algumas poucas fotos, lutando contra o equipamento.
E dessa apuração, ficou a lição, para nós dois, que é sempre MUITO importante conferir o equipamento antes de sair.

Um comentário:

  1. Que bacana! Tanto a experiência e o aprendizado, como também o texto. Estou adorando os últimos post de vocês! Parabéns!

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